NÃO EXISTE FUGA: CRÔNICAS DO VALORANT

Annanda Beatriz Carneiro
2 min readNov 27, 2021

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À esquerda, eu estou olhando fixamente para a tela do meu notebook. À direita, estou sorrindo para a câmera com as duas mãos em sinal de V. Estou com os cabelos presos e uso óculos.
não consegui me controlar e tive que recriar o meme clássico pra foto dessa crônica

Eu tenho uma certa familiaridade com jogos de tiro. Meu favorito da vez se chama Valorant, ou, como eu e meu irmão gostamos de chamar, Varolant. É um jogo de tiro tático 5x5 em primeira pessoa da Riot Games. De uma forma bem rasteira, eu atiro e solto magia em cima dos inimigos. Tem mais quatro pessoas pra me ajudar nessa tarefa (idealmente). E cinco pra atirar e jogar magia em mim.

O problema é que eu jogo muito mal, tipo muito mal mesmo, e quase sempre jogo com desconhecidos. Nem todo mundo jogando jogos de tiro é tóxico e agressivo, assim, pelo menos eu não sou. Mesmo assim, morro de medo de ser xingada até a quinta geração. Então, as surpresas agradáveis são mais agradáveis, mas as surpresas infelizes não são menos infelizes.

Quando eu jogo com meus amigos, ficamos conversando besteira e é muito mais fácil pedir ajuda sobre qualquer coisa. O problema é que jogo bem melhor sozinha porque eles são muito melhores do que eu. Parece contraditório, mas é porque o jogo escolhe oponentes mais fortes quando estou no time deles pra equilibrar o jogo. Então, jogo bem melhor sozinha porque os oponentes podem ser tão ruins quanto eu.

A coisa mais estranha que acontece quando estou varolando… digo, jogando… é que fico tão compenetrada no jogo que não consigo sair. Claro, eu sou plenamente capaz de fechar o Valorant, mas a mente ainda funciona dentro do jogo. Se fecho meus olhos, consigo enxergar a Jett na minha frente precisando de cura, o cantinho que preciso vigiar ou o inimigo na espreita que preciso abater.

A melhor parte de jogar é quando eu entro num estado quase meditativo. Não penso muito, mas sei exatamente o que estou fazendo. Só não acontece muito porque passo a maior parte das partidas em desespero. É bem divertido.

Originalmente, esta crônica foi escrita para minha aula de Escrita Criativa. Escrevi o que não coube na original e coloquei aqui. Obrigada por ler! Estou mandando um beijo e se sua mira não estiver boa, não se preocupe, existem outras formas de ajudar (compartilhe meu texto!).

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Annanda Beatriz Carneiro

Mainly Women’s Artistic Gymnastics, but I can write about other topics. Também escrevo em português ✌